4 de jul. de 2010

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Adorava flores. Não sabia cuidar delas, mas como a faziam feliz.
Sua mãe era uma que sempre lhe dava flores pra levantar o astral. A relação dela com sua mãe era como a dos irmãos gêmeos. Elas tinham uma conexão que ia além do visível. Intuição feminina? Ou o coração de mãe que é mesmo diferente?
Em todos os momentos de sua vida pôde contar com o apoio incondicional de sua mãe. Não havia nenhum tipo de controle, de possessão, apenas conselhos e muito carinho. Claro que a relação dela com a mãe era proporcionalmente cúmplice. Tantas noites uma consolou a outra. Uma era só razão, a outra só emoção. E aprenderam a misturar um pouco de cabeça e coração, crescendo juntas o tempo todo.
Esta memória é sobre o vaso de girassóis. Ele veio em ótima hora e estava na mesinha de cabeceira, ao lado da cama de nossa heroína. Ela tentou cuidar dele... Mas como todos os outros vasinhos, ele morreu... Mas ela nunca se esqueceu do dia que sua mãe lhe trouxe o formoso girassol de presente. Foi num dia particular. Num momento inusitado.
Lindo o girassol.
No meio de todos os problemas, ela sorria quando olhava pra ele. E decidiu que não queria mais sofrer. Se deu o direito de sorrir, mesmo a vida não estando perfeita.

* Baseado em fatos irreais
** To be continued

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