21 de mai. de 2010

8

Chorou. Lambeu no canto da boca a lágrima que vinha escorrendo e fazendo cócegas pelo rosto. Resolveu de uma vez por todas deixar sair. Não se conteve.
Soluçou, fez barulho, limpou o nariz na borda da camisola e quando não deu mais assoou na pia e continuo o processo.
Tremia, se abraçava. Sentiu frio, arrepio e solidão. Não tentou parar, tinha que deixar sair... E tantos lamentos se ouviu naquela noite, tantos ais.
E foi diminuindo o ritmo e se acalmando e ficando sonolenta... As lágrimas, no entanto, não pararam, vinham como as gotas de chuva na janela.
Teve a impressão de ter gastado toda a sua energia tentando expulsar de dentro de si o que não devia estar. Adormeceu com a sensação de que tinha cumprido sua missão com êxito e daquela vez teve um sono tranqüilo e sonhos sublimes.

* Baseado em fatos irreais
** To be continued

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