6 de jun. de 2010

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Na época desta memória em especial, ela estava dividindo seu apê com seu sétimo namorado. Ele morava com os pais antes de ir morar com ela. Mas depois de tantos meses juntos, eles decidiram que já era hora de juntar de fato as escovas de dentes. Foi a primeira vez desde que saiu da casa da mãe que ela morou com alguém e apesar dos ajustes iniciais, ela percebeu que poderia facilmente se acostumar com ele.

Ela está feliz e jurou não projetar demais seus desejos de ter uma família neste relacionamento.

Ele era carinhoso, amoroso, organizado, dividia as contas... Quem sabe uma dia poderiam tornar oficial o casamento amancebado? Ficou imaginado que poderiam casar na igreja... Ou quem sabe um casamento de fim de tarde ao ar livre... Ela com um chapéu... Ou descalça... Depois eles poderiam mudar para um dois quartos quando ela engravidasse do menino e logo depois da menina... Afinal, ela não era mais nenhuma garotinha e seu relógio biológico não pára... E os filhos iam crescer... Eles venderiam o apartamento, comprariam uma casa em Teresópolis e morreriam velhinhos de mãos dadas vendo "Vale a Pena Ver de Novo"...

* Baseado em fatos irreais
** To be continued

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