11 de jun. de 2010

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Tão difícil andar pra frente quando o que ficou pra trás está ali, sentadinho num canto com cara de cachorro sem dono. Mas o que ficou pra trás não teve forças pra lutar quando veio a batalha. Se fez refém de guerra. E recebeu a liberdade como quem vive anos em cativeiro, sem rumo... Ela ficou ali, se sentindo culpada por algo que não foi culpa sua. Ela amou, fez todos os papéis possíveis, inventou o personagem dele, onde ela fazia o que queria que ele fizesse. Mas o teatro caiu e um dia ela viu que estava só e que há muito ele só assistia seu alter ego, que era ela mesma, fazê-la feliz. E isso não bastou. Queria que ele reagisse, gritasse, chamasse, impedisse. O pior foi quando ela se deu conta que foi ela quem reagiu, gritou, chamou e impediu... Seu mundo se desfez e ela enxergou a realidade além da fantasia que criou pra tentar ser feliz.
Ela ainda não o compreendeu e nem vai. Ele ainda não reagiu e nem vai.

* Baseado em fatos irreais
** To be continued

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